A carioca Crama, comandada pelo designer Ricardo Leite, foi a parceira por trás da nova programação visual do canal GloboNews, que entrou no ar esta semana.
Na verdade, o início do trabalho conjunto das duas empresas data de 2008, segundo Leite conta em conversa com a Janela. Naquele ano, a Crama foi contratada por Eugênia Moreyra, a diretora da GloboNews, para reestudar todo o visual da casa.
Em 2010, finalmente, entrou no ar o projeto criado pela Crama. A GloboNews mudava, então, desde a sua marca principal até as vinhetas exibidas dentro da programação e dos breaks, como nos acostumamos a ver nos últimos anos.
Na época, o trabalho ganhou inúmeros prêmios, entre eles na categoria Design Estratégico do IDEA-International Design Excellence Awards de 2011 e na categoria Branding da Bienal Brasileira de Design Gráfico de 2013.
Em 2015, porém, Eugênia Moreyra voltou a procurar a Crama para um reestudo.
– A Eugênia sempre foi fundamental para a ousadia do projeto em todos estes anos, pela visão que ela tem sobre o que é a GloboNews – elogia Ricardo Leite, explicando que em 2015, a diretora já estava convencida de que toda a comunicação do canal precisaria evoluir, até para acompanhar a modernidade a que a equipe de criação interna, encabeçada pelo gerente de criação Luciano Vasconcelos, havia conseguido chegar com as chamadas da programação.
Foram muitas as novas diretrizes que a Crama apresentou para a GloboNews. Entre elas, integrar no logo a marca da Globo com o “News”, imagens que antes eram separadas e tinham um leve efeito de 3D. “A ideia agora é passar que a GloboNews é uma plataforma única. Não importa se você está assistindo na tv, no celular ou no computador, a GloboNews é que é a plataforma”, detalha o designer.
Além disso, o “bug” — aquela marquinha que fica presente o tempo todo na tela — passou do lado esquerdo para o direito. O “crawl” — letreirinho que roda na base do monitor — também foi redesenhado para ganhar mais destaque. E tanto em vinhetas quanto nas imagens que aparecem nos telões atrás dos jornalistas, a marca ganhou mais movimento, parecendo estar sempre pulsando.
Este não foi o primeiro trabalho da Crama para um veículo de comunicação. É dela também a marca do Infoglobo.
Excelente trabalho da Crama. Porém esqueceram de comentar que excluíram a voz (estímulo sonoro) dos intervalos. Locução sempre foi e continua sendo fundamental para gerar perceptibilidade.
TV não é cinema. Ninguém fica o tempo todo olhando para a tela.
Como saber os horários ou mesmo os temas da programação quando não estamos olhando para a tela da TV?